1. |
Desfiguração da ordem
01:33
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Desobediência fisiológica
Rotas de fuga do corpo e da mente
Ser sua própria máquina de guerra
Transgredir toda a ordem vigente
Além das convenções
Arriscar de fato uma vida
Quebrar correntes e grilhões
Desfigurar a ordem estabelecida
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2. |
Servir ou reagir
01:53
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Corpos dóceis e fragilizados
Colonizados pela normatização
Abstém-se dos próprios desejos
Preenchem-se com a maquinal servidão
Participatividade e cooptação
Controle fisiológico e subjetivo
Escravo contentado com sua condição
Poder vislumbrante corpo submisso
Servir ou reagir
Não é somente uma opção
Servir ou reagir
Sujeitados a moderna escravidão
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3. |
Cidade objeto
01:44
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Cheiro podre
Olhares tristes
Cadáver exposto
Casas humildes
Cidadão-polícia
Edifícios nobres
Céu acizentado
Notícias de mortes
Cidade-objeto
O asfalto delimita o cinza do concreto
De cimento
De asfalto
De concreto
ASFIXIADA!
Cidade-objeto
Onde se respira
Fumaça
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4. |
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Vendado, vendido e convocado
A calar-se e trabalhar
Acatar o dispêndio ao labor
E engolir a seco toda a dor
Corpos que não aguentam mais
Gritos ofuscados no silêncio
Cooptam forças de vidas reais
Matando-lhes por fora e por dentro
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5. |
Fascinante absurdo
00:42
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6. |
Objeto Obscuro
00:14
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Máquina de triturar corpos e subjetividades
Não existe saída dentro da lógica do sistema penal
Linguagem punitiva, princípio moral
Objeto obscuro do desejo racional
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7. |
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O monopólio informativo favorece a subordinação
Interesse corporativo, ditadura da informação
Midiotas e burocratas exercem seus papéis de controle social
Democracia punitiva estabelece a manutenção do capital
Subjetividades domadas
Desinformação a custo fixo
Midiotas e burocratas
Controle corporativo
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8. |
Morte marcada no relógio
01:36
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Esmagado pelo tédio
O relógio empurra seu tormento
Lá fora um outro dia cinza
Mais um dia, menos vida
Morte
Marcada no relógio
Oito horas de seu dia
Usurpando toda sua vida
Sua força, sangue e suor
Certo de que amanhã será pior
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Diagnose CE, Brazil
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